Em reunião na Rússia, Dilma e Putin defendem transações comerciais sem dólar

A presidente dos Brics, além de Putin, também vai se reunir com o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa. Agenda é parte da Segunda Cúpula Rússia-África

Da Redação

Dilma Rousseff, ex-presidente do Brasil e atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, ou banco dos Brics, se reuniu nesta quarta-feira (26) com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em São Petersburgo. 

O encontro foi realizado após a Segunda Cúpula Rússia-África. Putin também se reuniu com o presidente da Etiópia, Abiy Ahmed, que abre uma série de contatos entre o Kremlin e os chefes das delegações africanas. 

O presidente russo disse na reunião com Dilma que o dólar nas finanças mundiais é usado como instrumento de luta política e destacou a importância de desenvolver os Brics, segundo a agência estatal do país, Tass. 

"Nas condições atuais, não é fácil fazer isso, dado o que está acontecendo nas finanças mundiais e o uso do dólar como instrumento de luta política. As relações entre nossos países, dos Brics, estão se desenvolvendo em moedas nacionais, e os acordos estão aumentando", declarou Vladimir Putin. Segundo ele, “o banco também pode desempenhar um papel significativo no desenvolvimento".

Dilma Rousseff disse que “o banco tem que ter um papel importante na formação de um mundo multipolar", e, para isso, o Brics deve estar preparado para captar recursos nos mercados dos países parceiros. Para ela, não há obstáculos para que os países em desenvolvimento realizem operações de comércio exterior em moedas nacionais. 

Dilma, além de Putin, também se reunirá com Cyril Ramaphosa. Em comunicado, o banco disse que o objetivo de ambas as reuniões bilaterais é verificar as opiniões dos países membros sobre o papel do órgão na cúpula dos Brics, que será realizada em agosto, em Joanesburgo. 

O Brics descartou, também, novos projetos na Rússia e “opera em conformidade com as restrições aplicáveis nos mercados financeiros e de capitais internacionais”, relacionados às sanções relacionadas à guerra na Ucrânia.

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