Dica do FBI levou à prisão de grupo neonazista na Alemanha

Informações que levaram à descoberta de organização que suspeita de planejar tomada de poder e limpeza étnica no Leste do país veio dos EUA.

Por Deutsche Welle

As pistas que possibilitaram à polícia alemã prender nesta semana supostos integrantes de um grupo terrorista neonazista que planejava um golpe para tomar o poder em região no Leste da Alemanha veio do FBI, a polícia federal dos Estados Unidos.

De acordo com informações divulgadas nesta sexta-feira (08/11) pela agência de notícias DPA, o FBI descobriu os suspeitos através da interceptação de mensagens postadas pelo líder do grupo em chats na internet, em que ele detalhava seus planos.

Na manhã de terça-feira, a polícia alemã prendeu oito suspeitos de integrar um grupo terrorista de extrema direita que fazia treinamentos militares com o intuito de tomar o poder de regiões no Leste da Alemanha por meio de um golpe e promover uma "limpeza étnica". Os detidos são alemães e têm entre 21 e 25 anos.

Três deles são membros do partido de ultradireita AfD ou de sua organização juvenil. A AfD declarou nesta quarta-feira que expulsaria imediatamente do partido os supostos membros do grupo.

Ideias racistas e antissemitas

A organização, autointitulada Separatistas Saxônicos, se articulava desde 2020, de acordo com o Ministério Público alemão. "É um grupo militante de 15 a 20 indivíduos cuja ideologia é caracterizada por ideias racistas, antissemitas e parcialmente apocalípticas", informou a instituição.

Segundo os investigadores, o grupo se guiava pela crença de que a Alemanha está à beira do colapso e treinava para usar a força para estabelecer um novo sistema no Leste do país, inspirado no nazismo. "Se necessário, grupos indesejados de pessoas deveriam ser removidos da área por meio de limpeza étnica", descreveram as autoridades os planos do grupo.

Os presos incluem quatro supostos membros fundadores, identificados como Jörg S. – suposto líder da organização –, Joern S., Karl K. e Norman T. Sete dos suspeitos foram detidos nas cidades de Leipzig, Dresden e Meissen, situadas no Leste alemão. Outro suspeito foi detido na cidade polonesa de Zgorzelec, na fronteira com a Alemanha.

md (DPA, ots)

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