A devolução de imóveis comerciais é uma tendência passageira, afirma o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias. Para Luiz Antônio França, entrevistado nesta segunda-feira (15) na Rádio Bandeirantes, as exigências de determinadas atividades sempre vão impor a necessidade de haver escritórios.

“Eu tenho uma leitura muito particular sobre isso, depois de fazermos algumas pesquisas e conversarmos com várias pessoas. Eu acho que isso é momentâneo, existe a rapidez das empresas, já que estão de home office, de deslocar as pessoas, mas grande parte das empresas não vai conseguir trazer novas pessoas para empregar e ensinar o trabalho à distância. O escritório é algo muito importante, eles voltarão, pode ser que não cresçam, mas haverá a necessidade de imóveis comerciais”, disse. 

Ainda segundo o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, o mercado já voltou a aquecer para alguns perfis de imóveis comerciais.

“Nós verificamos que têm alguns prédios em São Paulo não têm mais vacância. Prédios, por exemplo, com escritórios modulares de 200 m2 está havendo procura. É um momento ainda que as pessoas estão se precipitando reduzindo custos, mas a necessidade continuará. Fortemente tenho a certeza que os escritórios voltarão sim a ter sua utilidade pós pandemia. 

Além do home office, a taxa de vacância também é impulsionada pela ampliação de espaços corporativos, que devem ganhar 200 mil metros quadrados este ano.