O secretário de Estado, Antony Blinken, em Israel afirmou que: "Dessa tragédia vai emergir um amanhã melhor para ambos os povos e para a região".
Blinken encontrou-se com o primeiro-ministro Netanyahu, a quem disse "ser preciso fazer mais para proteger os civis palestinos: a forma como Israel conduz sua campanha para derrotar o Hamas é importante. É a coisa certa e legal a se fazer, e se não o fizer, estará fazendo o jogo do Hamas e de outros grupos terroristas."
Blinken disse que:
"Vi imagens de crianças palestinas retiradas dos destroços de edifícios. Quando olho nos olhos delas pela tela da TV, vejo meus próprios filhos. Como podemos não ver? O Hamas não se importa nem um pouco com o bem-estar do povo palestino. Ele os utiliza de forma cínica e monstruosa como escudos humanos, coloca seus comandantes e postos de comando, suas armas e munições dentro ou embaixo de edifícios residenciais, escolas, mesquitas, hospitais. Os civis não devem sofrer as consequências de sua desumanidade".
Voltando ao presente, sirenes de ataque aéreo ecoando em Israel, ela garantiu que os Estados Unidos responderão aos ataques por procuração que o Iran tem encomendado aos Houtis, no Iêmen, e ao Hezbollah, no sul do Líbano.
"Reiteramos e deixamos claro nosso apoio ao direito de Israel de se defender, na verdade, sua obrigação de se defender. Essa obrigação pertence a todas as nações. Nenhum país poderia ou deveria tolerar o massacre de inocentes", acrescentou.
"Vimos imagens e filmagens adicionais coletadas pelo governo israelense, de câmeras de vídeo - algumas dos próprios terroristas, outras de comunidades que foram atacadas. Isso está além da capacidade humana de processar e digerir".
Discurso de Hassan Nasrallah
O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, não compareceu a seu discurso em Beirute, que foi pré-gravado. Ele falou pela primeira vez desde o massacre do Hamas em Israel. E começou afirmando que a guerra entre Israel e Hamas "se estendeu a mais de uma frente".
E mais:
- Que o massacre do Hamas em Israel foi "100% palestino", negando a participação do Irã.
- Agradeceu aos grupos iranianos do Yemen e do Iraque pela participação na batalha contra Israel.
- Acusou Israel de violar os direitos humanos dos palestinos.
- Que, apesar de secreto, o ataque não surpreendeu nenhum membro do "eixo da resistência".
- Zombou de Israel ao dizer que, em um mês inteiro, não conseguiu resgatar nenhum refém ou fazer qualquer conquista militar significativa.
- Insistiu para que países árabes e muçulmanos parem de mandar petróleo para os EUA.
- Insistiu para que países boicotem o comércio com Israel.
- Acusou os EUA como responsável pela guerra.
Israel entrou em segurança máxima para o discurso de Nasrallah, marcado para 3 horas, 3 de novembro.