O deputado estadual Lucas Bove (PL), aliado de Jair Bolsonaro (PL), foi eleito para o conselho da Fundação Padre Anchieta nesta terça-feira, 17. Com um mandato de dois anos, ele passa a integrar a entidade responsável pela administração da TV Cultura.
A eleição ocorreu na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de São Paulo, que tem direito a uma cadeira no conselho. Bove recebeu três votos, derrotando Carlos Giannazi (PSOL), que obteve dois.
Composto por 47 membros, o conselho da Fundação Padre Anchieta debate questões centrais, como prioridades estratégicas, programação e financiamento da TV Cultura. A entrada de Bove coloca no órgão um deputado próximo ao ex-presidente Bolsonaro, além de reforçar a influência da base de apoio do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A indicação ocorre em um momento de atrito entre a Fundação Padre Anchieta e a gestão Tarcísio. A direção da TV Cultura tem reclamado dos cortes no orçamento promovidos pelo governo estadual, que busca reduzir a dependência de recursos públicos.
Tarcísio, por sua vez, defende que a emissora busque fontes de financiamento no setor privado, uma proposta que não tem sido bem recebida por integrantes da Fundação. Lucas Bove assume o posto em meio a essas tensões, representando a visão da base governista.
Recentemente, Bove foi acusado pela ex-esposa, a influenciadora Cíntia Chagas, de violência psicológica e ameaça. Ela relatou que estava em um relacionamento abusivo, que sofria com ciúmes, possessividade e controle do deputado estadual do PL.
Em uma publicação no Instagram, Lucas negou qualquer agressão contra a ex-mulher. "Hoje meu coração está ferido, jamais esperava isso de quem tanto amei e cuidei. Para começar: eu jamais encostaria a mão para agredir uma mulher", disse o deputado na postagem.