Valdivia sugeriu pílula do dia seguinte para vítima de abuso, segundo depoimento

Segundo o depoimento, ela sofreu um apagão e acordou na segunda-feira de manhã em casa, confusa, sem roupa e com dores na região íntima

Por Beatriz Ferrete

Valdivia sugeriu pílula do dia seguinte para vítima de abuso, segundo depoimento
Jorge Valdivia em audiência no Chile
Reprodução

A mulher que denunciou Jorge Valdivia por agressão sexual deu depoimento à justiça e afirmou que o ex-jogador recomendou que ela tomasse a pílula do dia seguinte após eles terem relações sexuais no último fim de semana. A tatuadora o denunciou após o encontro. 

Ela contou à polícia que conversou com Valdivia por telefone na manhã seguinte ao suposto crime, para tentar entender o que tinha acontecido, e disse que ele a questionou se ela realmente não lembrava de nada. A tatuadora disse que marcou o encontro com o ex-atleta no domingo à noite para discutir uma tatuagem que ele queria fazer no braço, e que começou a perder a consciência depois de ter tomado duas bebidas alcoólicas num restaurante em Santiago. 

Segundo o depoimento, ela sofreu um apagão e acordou na segunda-feira de manhã em casa, confusa, sem roupa e com dores na região íntima. O ex-atleta disse para a mulher no telefonema que os dois chegaram juntos ao apartamento e que ela foi tomar banho. Depois, começaram a se beijar no sofá e eles foram para a cama e tiveram relações sexuais.

Valdivia ainda teria recomendado que ela tomasse pílula do dia seguinte, pois os dois não teriam usado preservativo. O ex-jogador disse ainda que foi embora assim que ela dormiu. 

A suposta vítima abriu a denúncia no mesmo dia, e Jorge Valdivia foi detido nessa terça-feira. A Justiça chilena decidiu manter a prisão após audiência. Ele foi levado ao Presídio de Rancagua, a 1 hora e meia de Santiago. 

Na próxima terça-feira, haverá uma nova audiência para revisão das medidas cautelares. A defesa do ex-jogador do Palmeiras e da seleção chilena argumentou que teria sido um encontro sexual consensual entre adultos. Mas o tribunal determinou um período de investigação de 90 dias, no qual Valdivia deverá permanecer detido.

Em comunicado, Jorge Valdivia “negou de modo veemente ter agredido sexualmente qualquer pessoa". Ele declarou ainda que manteve uma relação consensual com uma mulher adulta e que vai colaborar com o Ministério Público para esclarecer os fatos.

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