Denunciada, blogueira que pulou muro da Supervia diz que agiu em protesto

Em vídeo, a influencer Lian Mersi disse que protestou contra a passagem de R$ 7,4 do serviço de trens na Região Metropolitana do Rio de Janeiro

Por Édrian Santos

Denunciada, blogueira que pulou muro da Supervia diz que agiu em protesto
Blogueira denunciada pela Supervia diz que agiu em protesto
Reprodução/redes sociais

A blogueira Lian Mersi, responsável por gravar um vídeo em que mostra como age para não pagar passagem de trem no Rio de Janeiro, disse que a ação dela foi um protesto. Segundo ela, a passagem está cara para um serviço em que para no meio do caminho e que possui goteiras.

A declaração da influencer acontece após a Supervia, concessionária que opera os trens na Região Metropolitana do Rio, protocolar uma notícia-crime contra a influencer. A informação foi confirmada pela Band Rio na manhã desta terça-feira (4).

“O vídeo que eu postei pulando o muro não é com a intenção de influenciar você, bonitinha, a pular o muro também, até porque, se você for tentar fazer o que eu fiz, você vai levar um belo de um tombo. Eu sou travesti Orochimara, e você, não. Aquele vídeo foi uma forma de protesto com todos os casos que estão tendo do transporte uó, que está parando no meio do caminho, está chovendo dentro do trem, e a passagem está R$ 7,5”, disse Lian Mersi.

Supervia alega crime

O posicionamento dela foi feito em vídeo, enviado à reportagem após ser procurada pela Band. Já a nota da Supervia destaca a prática ilegal de não pagar a passagem do trem, além do perigo de andar pelos trilhos.

“A linha férrea é área exclusiva para a circulação dos trens, e o trânsito irregular de pessoas por meio de passagens clandestinas é um risco para a vida de pedestres e de todos que utilizam esse meio de transporte”, diz trecho da nota da concessionária.

Reajuste da passagem

A Supervia também explicou que o preço da passagem de trem é reajustado, anualmente, com base no IGP-M acumulado, homologado pela agência que regula os transportes no estado do Rio de Janeiro (Agetransp).

“A Supervia atua no combate a essa prática e realiza, rotineiramente, campanhas de conscientização sobre esse risco por meio dos canais de comunicação oficiais. Paralelamente, a empresa monitora a abertura irregular de buracos ao longo da via. Por mês, a Supervia fecha até dez buracos, mas eles são reabertos em pouco tempo, principalmente em áreas conflagradas”, seguiu a nota.

O que é notícia-crime

A notícia-crime é o fato criminoso que chega ao conhecimento da autoridade policial para ser investigado. Neste caso, o não pagamento da passagem. A partir de então, um inquérito pode ser aberto para dar início a uma ação penal perante a um juiz.

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