Delegado diz não ver indícios de agressões de Jairinho contra mãe de Henry

Em entrevista ao Brasil Urgente, Antenor Lopes vê investigação do caso da morte do garoto na reta final

Da Redação, com Brasil Urgente

Diretor do Departamento Geral da Polícia Cívil do Rio, o delegado Antenor Lopes disse que a investigação do caso da morte de Henry Borel está na reta final. Em entrevista para o Brasil Urgente, nesta terça-feira (13), ele disse não ver evidências de que Monique Medeiros, mãe do garoto, tenha sido agredida ou coagida pelo vereador Doutor Jairinho para ser convivente às agressões sofridas pelo filho. 

“Até o momento, não existe nada que indique que a senhora Monique estivesse sendo agredida ou coagida. Pelo contrário, a postura deles era de muita união, muita parceria, muita composição. Chegaram juntos na delegacia, de mãos dadas, saíram juntos, o mesmo advogado acompanhou o depoimento de ambos. Inclusive, no dia da operação que levou à prisão, eles estavam dormindo juntos. Foram encontrados em um terceiro imóvel”, analisou o delegado para o apresentador José Luiz Datena. 

Até o momento, não existe nada que indique que a senhora Monique estivesse sendo agredida ou coagida

Para o delegado, existem “provas robustas” (testemunhais, periciais e documentais) de que Henry foi vítima de homicídio duplamente qualificado mediante tortura e sem possibilidade de resistência. Ainda faltam alguns depoimentos, como o da faxineira Leila Rosângela, para que o caso seja apresentado ao Ministério Público.  

Segundo a ex-babá de Henry, Thayná de Oliveira, a diarista também mentiu em seu primeiro relato aos policiais

"A Investigação está em sua fase final, nós esperamos terminar alguns poucos depoimentos ainda considerados relevantes. Juntas as peças técnicas periciais e, posteriormente, encaminhar esse inquérito para o Ministério Público, para o promotor Marcos Kac. Nossa expectativa é que ele ofereça a denúncia, e que esse fato vá a julgamento mais rápido possível”, disse Lopes. 

O delegado ainda deu detalhes do depoimento da babá, que alegou ter mentido no primeiro depoimento à Polícia Civil por medo e a pedido de Monique. 

O delegado também disse que Monique "não apresentou comportamento de uma mãe em luto" após a morte do menino, em relação à procura por cursos de culinária e inglês e ida ao salão de beleza pouco após o enterro.

Monique e Jairinho foram presos no último dia 8 de abril acusados de homicídio, de atrapalhar as investigações e ameaçar testemunhas do caso. 

Monique Medeiros mudou sua estratégia para a defesa. Passam a atuar no caso da professora os advogados Thiago Minagé, Hugo Novais e Thaise Assad. André França Barreto, muito criticado por policiais e colega de profissão por acusações de constrangimento e coação de testemunhas, segue como defensor de Jairinho. 

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