PF adia depoimento de Torres após defesa citar “drástica piora” em quadro médico

No último domingo (23), pessoa próxima a Anderson Torres disse à Band que quadro psicológico dele se “agravou muito” desde que Moraes manteve prisão

Da redação

Depoimento de Anderson Torres é previsto para esta segunda-feira (24)
Marcelo Camargo/Agência Brasil

O depoimento de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, foi adiado após a defesa alegar “dr4ástica piora” emocional e cognitiva e psiquiatra não recomendar audiências, no momento, por questões médicas.

O também ex-ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro (PL) seria ouvido, nesta segunda-feira (24), pela Polícia Federal pela terceira vez. No último domingo (23), uma pessoa próxima ao ex-ministro disse que o quatro psicológico dele se “agravou muito” desde a última sexta-feira (21).

Na quinta-feira (20), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou mais um pedido de liberdade provisória a Torres. Após isso, segundo a fonte informou a Band, o quadro depressivo do ex-secretário pirou. Um novo atestado será enviado à Corte na tentativa de reverter a prisão preventiva.

Hoje, a prisão de Torres completa 100 dias, detido desde o dia 14 de janeiro por suposta omissão a respeito dos atos criminosos no dia 8 do mesmo mês. No dia dos ataques, ele, enquanto secretário de Segurança, estava de férias nos Estados Unidos. Ao retornar ao Brasil, foi preso pela Polícia Federal (PF).

Operação da PRF no 2º turno

O depoimento de hoje, o terceiro desde a prisão, será sobre o inquérito que apura se uma operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no segundo turno das eleições, tinha a finalidade de impedir a chegada dos eleitores aos locais de votação. 

Na época, mesmo com negativas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a operação, a PRF fez blitzen contra veículos em colégios eleitorais onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderou no primeiro turno. A operação, supostamente, atrasou ou impediu a chegada de eleitores aos locais de votação.

Na quinta-feira (20), o Ministério da Justiça e Segurança Pública divulgou um relatório que aponta uma discrepância entre o número de operações da PRF no Nordeste, reduto eleitoral de Lula, com o do restante do país.

Minuta golpista

Na decisão da semana passada, além de citar a operação da PRF, Moraes também destacou a investigação sobre a minuta golpista encontrada na casa de Torres. O documento, sem embasamento constitucional, mudaria o resultado das eleições.

“Depoimentos de testemunhas e a apreensão de documentos apontam fortes indícios da participação do requerente na elaboração de uma suposta minuta golpista e em uma operação golpista da Polícia Rodoviária Federal para tentar subverter a legítima participação popular no segundo turno das eleições presidenciais de 2022”, considerou Moraes.

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