A defesa do homem negro amarrado por PMs em São Paulo pediu à Justiça que o cliente aguarde processo em liberdade.
O advogado José Luiz de Oliveira Júnior apresentou, na última sexta-feira (09), um pedido de habeas corpus ao presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo para que o cliente, que teve mãos e pés amarrados por policiais militares no último domingo, aguarde em liberdade o andamento do processo.
O homem de 32 anos, suspeito de furtar um mercado na Zona Sul da capital, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pela juíza Gabriela Marques da Silva Bertoli.
O defensor diz ter ficado indignado com o fato de a magistrada ter fundamentado a decisão dizendo que "não há elementos que permitam concluir ter havido tortura ou maus-tratos ou ainda descumprimento dos direitos constitucionais assegurados ao preso".
Segundo a juíza, o suspeito estava cumprindo pena em regime aberto por roubo quando foi preso.