Defesa de Braga Netto diz que comprovará que não houve 'qualquer obstrução as investigações'

General da reserva e ex-ministro de Bolsonaro foi preso preventivamente na manhã deste sábado (14) por obstrução de Justiça

Da redação

Defesa de Braga Netto diz que comprovará que não houve 'qualquer obstrução as investigações'
Braga Netto
Sebasião Jacinto Júnior/PR

A defesa do general da reserva Walter Braga Netto, preso na manhã deste sábado (14), disse que comprovará que não houve "qualquer obstrução às investigações". Braga Netto teve a prisão preventiva decretada por obstrução de Justiça em investigação por tentativa de golpe de Estado.  

Na nota, a defesa do general da reserva diz que se manifestará nos autos "após ter plena ciência dos fatos" e que "com a crença na observância do devido processo legal, teremos a oportunidade de comprovar que não houve qualquer obstrução as investigações."

Braga Netto foi detido em Copacabana, no Rio de Janeiro, e entregue ao Comando Militar do Leste, onde ficará sob custódia das Forças Armadas. O mandado de prisão preventiva por obstrução da Justiça foi expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Após audiência de custódia na tarde deste sábado, a prisão do general da reserva foi mantida.  

A prisão ocorreu no contexto de uma operação que investiga suspeitos de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin após as eleições de 2022. Braga Netto é um dos 37 indiciados no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado. 

Braga Netto tentou interferir na delação de Mauro Cid 

Segundo informações obtidas pela Band, o general e o assessor dele, coronel Peregrino, tentaram conseguir informações sobre o que foi dito na delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro – investida que foi interpretada pela PF como obstrução de justiça.

Além disso, segundo o depoimento de Cid, Braga Netto teria aprovado e financiado o plano para matar o Lula, Alckmin e Moraes após as eleições de 2022. 

Ele teria inclusive repassado dinheiro vivo aos kids pretos – os militares com formação em Forças Especiais (FE) envolvidos na tentativa de golpe de Estado. Os valores teriam sido entregues em sacolas de vinho. 

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