Defesa de Bolsonaro questiona delação de Cid: 'Polícia Federal disse que ele mentiu'

Advogado Celso Sanchez Vilardi afirma que ex-ajudante de ordens rompeu com o acordo de delação premiada e que ele se adequou às provas da PF

Da redação

Defesa de Bolsonaro questiona delação de Cid: 'Polícia Federal disse que ele mentiu'
Advogado de Bolsonaro questiona delação de Mauro Cid
Reprodução/TV Justiça

Resumo

  • No STF, a defesa de Jair Bolsonaro questionou a credibilidade da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da presidência;
  • O advogado argumentou que a Polícia Federal contradiz a delação de Cid, indicando que ele mentiu, o que deveria invalidar suas declarações como provas;
  • Os ministros do STF avaliam a denúncia contra o ex-presidente por liderar suposta tentativa de golpe, com Bolsonaro sendo acusado de não impedir essas ações apesar de garantir a transição de poder.

Este resumo foi gerado por inteligência artificial e cuidadosamente revisado por jornalistas antes de ser publicado.

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A defesa de Jair Bolsonaro discursou no plenário do Supremo Tribunal Federal no julgamento que avalia a denúncia contra o ex-presidente e outros sete indiciados por tentativa de golpe de Estado. O advogado Celso Sanchez Vilardi questionou a delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. 

"A Polícia Federal diz que ele mentiu, omitiu e se contradiz. O STF diz que delação é meio de prova, o que aconteceu nesse caso é que Cid falou, a PF disse que ele mentiu e então há uma audiência que ele se corrija. Mas há uma inversão, o Estado trouxe indícios e Cid se adequa aos indícios trazidos", pontua. 

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Na visão do advogado, Mauro Cid teria corroborado os indícios e provas da Polícia Federal, o que vai contra o rito comum da delação premiada. Ele afirma que o adequado é quando a Polícia Federal ouve o delator e, então, vai atrás de provas para comprovar a versão. 

"Ele falou, mentiu e o Estado tinha indícios e ele se adequa. O colaborador corroborou a PF. Quero dizer que entendo a gravidade de tudo o que aconteceu no 8/1, mas não é possível que se queira imputar responsabilidade ao presidente quando ele não participou dessa questão", pontuou. 

A defesa citou que Bolsonaro, apesar de acusado de liderar uma organização criminosa para dar golpes, foi socorrer o Ministro da Defesa, José Múcio e nomeado por Lula, "porque o Comando Militar não o atendia". "Foi o presidente que determinou a transição, portanto, não é possível que se queira dizer que é compatível uma tentativa de golpe, quando o presidente permite a transição do poderio militar", pontuou.

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