Um decreto do presidente Bolsonaro obriga os postos a informarem todos os valores que compõem o preço dos combustíveis. O decreto determina que, em 30 dias, os postos instalem placas com informações claras, precisas e legíveis sobre a composição dos preços dos combustíveis.
Os dados deverão constar em um painel que deve ser exposto em local visível. O painel deverá apresentar dados como o ICMS cobrado pelos estados. Caso ocorra tarifa promocional, o posto deverá informar os preços reais praticados.
Já na próxima semana, devem ser retirados os impostos federais cobrados no diesel e no gás de cozinha. A outra medida do governo mexe diretamente na Petrobras, com a indicação do general Joaquim Silva e Luna para a presidência da estatal. Bolsonaro negou a apoiadores que seja uma interferência.
“O quê que eu interferi na Petrobras? Alguém responde aí? O quê que eu falei para baixar o preço? Nada, zero. O novo presidente vai dar uma arrumada lá. Pode deixar", explicou.
O texto foi publicado nesta terça-feira (23) no Diário Oficial da União e a norma entra em vigor em 30 dias.
Depois da forte queda de mais de 20% ontem, as ações da Petrobras tiveram recuperação e fecharam hoje em alta de até 12%. Para o vice-presidente da república, Hamilton Mourão, é sinal de que o mercado já está assimilando a troca do comando da empresa.
“Nos últimos 26 anos, a Petrobras tomou 8 tombos, e volta. Então é isso que vai acontecer, basta ficar muito claro que a troca do presidente não significa troca na, vamos dizer, política de preços, que é praticada", justificou Mourão.
Em outro aceno ao mercado financeiro, o governo garantiu ao presidente da Câmara, Arthur Lira, que enviará projetos de privatização, o que inclui os Correios e a Eletrobras.
“Essas privatizações têm que trazer melhoras para o Brasil, diminuição da máquina, mas com muita responsabilidade para não acontecer casos onde as agências que nós temos que tratar dessas ligações possam agir mais efetivamente para controle dos sistemas que forem privatizados, para que casos como aquele do Amapá não aconteçam”, disse Lira, referindo-se ao apagão que atingiu o estado do Norte no fim de 2020.