Decretada prisão temporária do suspeito no desaparecimento no Amazonas

A audiência de custódia de Amarildo da Costa Oliveira, na Comarca de Atalaia do Norte, foi encerrada na noite desta última quinta-feira (9)

Por Luiz Henrique Almeida

Foi decretada a prisão temporária por 30 dias do homem suspeito de envolvimento no desaparecimento do jornalista Dom Philips e o indigenista Bruno Araújo, no Amazonas. A audiência de custódia de Amarildo da Costa Oliveira, na Comarca de Atalaia do Norte, foi encerrada na noite desta última quinta-feira (9).

Interrogado nesta semana, a prisão temporária havia sido determinada após marcas de sangue terem sido encontradas pela perícia na lancha apreendida durante as operações de busca, e que foi vista sendo conduzida por Amarildo no dia do desaparecimento da dupla, de acordo com testemunhas. 

Dom Philips e Bruno Pereira estão desaparecidos desde o domingo (5), quando se deslocavam com destino à cidade de Atalaia do Norte, no Oeste do Amazonas. O processo tramita em segredo de Justiça.

O desaparecimento

As buscas por Phillips e Bruno entraram no 6º dia e contam com o apoio da Marinha, do Exército, da Força Nacional e das forças de segurança do Amazonas.

O servidor de carreira da Fundação Nacional do Índio (Funai) e o colaborador do Jornal The Guardian desapareceram no Vale do Javari, na Amazônia. Eles foram vistos pela última vez na tarde do domingo (5), segundo nota divulgada pela Univaja.

Bruno é indigenista especializado em povos indígenas isolados e conhecedor da região, onde foi coordenador regional por cinco anos. Já Dom Phillips é veterano de cobertura internacional e mora no Brasil há mais de 15 anos.

Segundo lideranças indígenas, o jornalista e o ativista estariam recebendo ameaças de garimpeiros que atuam de forma ilegal na região.

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