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Debate de Trump e Biden tem trocas de acusações sobre lei do aborto e imigração

Embate foi antecipado pelos dois pré-candidatos com objetivo de influenciar indecisos e eleitores que votam pelo correio

Da redação

O debate entre Donald Trump e Joe Biden, pré-candidatos à presidência nos Estados Unidos nas eleições de 2024, foi marcado por trocas de acusações, principalmente pelos temas da política de aborto, a questão da imigração e a relação com as guerras em Israel e Ucrânia. 

Ao serem questionados sobre a Lei do Aborto nos Estados Unidos, que foi revogada em 2022 e devolveu aos estados a jurisdição sobre a questão, Trump acusou governos estaduais democratas de "matarem bebês com nove meses". Biden, por sua vez, acusou Trump de mentir e afirmou que o partido e ele são a favor da decisão Roe versus Wade, que dá o direito ao aborto até a 24ª semana. 

O momento aumentou a tensão entre os dois políticos, quando Biden afirmou que irá vetar qualquer decisão que tire o direito ao aborto, enquanto Trump irá assinar. Ao falar do direito à mulher de acesso ao aborto, Biden citou casos de estupro e crimes sexuais, ao que Trump respondeu alegando que a causa da violência sexual que leva ao aborto é da imigração ilegal, o que nunca foi comprovado.

Sobre a questão da imigração, Trump e Biden trocaram acusações de que cada um cometeu erros na fronteira. Enquanto Biden citou que o ex-presidente separava bebês das mães e que agora tem o objetivo de acabar totalmente com a imigração ilegal pelo México, Trump afirmou que o governo Biden abriu a fronteira para ex-presidiários, terroristas e pessoas saídas de hospícios. 

Biden afirmou que Trump é um criminoso condenado judicialmente, ao que o empresário rebateu relembrando a condenação do filho do atual presidente e o próprio deveria ser condenado, porque "permitiu imigrantes entrarem e matarem norte-americanos". Joe Biden negou a acusação e relembrou o caso Stormy Daniels e o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

O embate, que ocorreu na noite desta quinta-feira (27), normalmente ocorre entre setembro e outubro, mas foi antecipado pelos dois lados, que ainda nem formalizaram as candidaturas. Os dois lados avaliaram que o encontro antecipado pode influenciar, além dos indecisos, os eleitores que votam pelo correio, que depositam cédulas meses antes do dia da votação. 

Sem plateia, material de apoio ou contato com assessores, os dois pré-candidatos à presidência da República nos Estados Unidos enfrentam novas regras para o debate. Uma delas foi o microfone, que só foi acionado para quem tiver a palavra, uma forma de evitar a baixaria que ocorreu em 2020. 

A saúde dos candidatos também foi observada pelo eleitorado americano, já que Biden, com 81 anos e Trump, de 78, tentam convencer os americanos de que têm vigor para comandar o país. Trump afirmou que fez testes cognitivos para entrar na presidência e desafiou Biden a fazer o mesmo, enquanto o atual presidente relembrou feitos do governo para provar que pode seguir no cargo. 

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