De Temer a Lula, entenda as causas da queda dos últimos presidentes da Petrobras

Desde o governo Temer, Bolsonaro foi o que mais fez trocas na presidência da Petrobras

Por Édrian Santos

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Reprodução

O ex-senador Jean Paul Prates foi o sétimo presidente da Petrobras desde 2016, quando o então presidente Michel Temer (MDB) indicou o ex-ministro Pedro Parente para o cargo. Sob aquela gestão, foi instituída uma nova política de preços para a estatal, voltada para a paridade internacional, ou seja, conforme as flutuações do dólar.

Em 2018, Parente pediu demissão pressionado por políticos de oposição e por sindicatos de trabalhadores da Petrobras, críticos da paridade internacional. Foi aí que Temer indicou Ivan Monteiro, que deu continuidade à política.

Governo Bolsonaro

No governo Bolsonaro, Monteiro foi substituído pelo economista Roberto Castello Branco, indicado por Paulo Guedes, então ministro da Economia. O objetivo era seguir com o projeto iniciado por Temer.

Apesar da proximidade da política de Bolsonaro com a de Temer, os preços dos combustíveis subiam no Brasil, período em que o mundo vivia a pandemia da covid-19 e sofria as consequências econômicas da guerra na Ucrânia.

Castello Branco cai em 2021. Joaquim Silva e Luna assume, mas a crise persistia, já que o governo Bolsonaro via a alta nos preços dos combustíveis impactar na popularidade do presidente. Em 2022, Mauro Coelho é indicado presidente, mas fica apenas 68 dias no cargo. Para o lugar dele, Caio Paes de Andrade, com posse oficializada em junho de 2022.

Indicação de Prates

Com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Prates foi indicado para assumir a presidência da estatal. Após meses no cargo, a turbulenta relação que teve com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), tornou-se pública. Apesar de ter mudado a política de preços da companhia, instituída por Temer, para não repassar os aumentos internacionais imediatamente aos consumidores, a queda de braços pendeu contra o ex-senador.

Um dos marcos que contribuíram para a demissão foi o anúncio, de março deste ano, em que a Petrobras diz que não pagaria extraordinários aos acionistas. Imediatamente, as ações da empresa derreteram. Inclusive, a transação era defendida até pelo próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), já que o governo também recebe os valores por ter a maior cota.

Nova presidente

Agora, a oitava presidência da Petrobras desde o governo Temer será da engenheira civil Magda Chambriard, ex-diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). O nome dela foi confirmado pela companhia na noite desta terça-feira (14).

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