De focas a tubarões: como a vida ressurgiu no rio Tâmisa, em Londres

Rio que corta a capital britânica tinha sido considerado biologicamente morto em 1957

Tania Valeria Gomes

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De focas a tubarões: como a vida ressurgiu no rio Tâmisa, em Londres
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Enguias, focas, cavalos-marinhos e até tubarões. O rio Tâmisa, que foi considerado biologicamente morto em 1957, está agora repleto de vidaSociedade Zoológica de Londres (ZSL)
Enguias, focas, cavalos-marinhos e até tubarões. O rio Tâmisa, que foi considerado biologicamente morto em 1957, está agora repleto de vidaSociedade Zoológica de Londres (ZSL)
Enguias, focas, cavalos-marinhos e até tubarões. O rio Tâmisa, que foi considerado biologicamente morto em 1957, está agora repleto de vidaSociedade Zoológica de Londres (ZSL)
Entre os animais que vivem no Tâmisa estão mais de uma centena de espécies de peixesSociedade Zoológica de Londres (ZSL)
Enguias, focas, cavalos-marinhos e até tubarões. O rio Tâmisa, que foi considerado biologicamente morto em 1957, está agora repleto de vidaSociedade Zoológica de Londres (ZSL)
Enguias, focas, cavalos-marinhos e até tubarões. O rio Tâmisa, que foi considerado biologicamente morto em 1957, está agora repleto de vidaSociedade Zoológica de Londres (ZSL)

Enguias, focas, cavalos-marinhos e até tubarões. O rio Tâmisa, que foi considerado biologicamente morto em 1957, está agora repleto de vida. É o que mostra estudo publicado pela Sociedade Zoológica de Londres (ZSL, na sigla em inglês).

Entre os animais que vivem ali estão três espécies de tubarões, dezenas de aves e mais de uma centena de espécies de peixes. "Este relatório nos permitiu dar uma boa olhada no quão longe o Tâmisa chegou na sua jornada para a recuperação e nos dá bases para o futuro," disse Alison Debney da ZSL. 

Das espécies de tubarões encontradas no rio, o Galeorhinus galeus pode chegar a até 1,9 metro, viver 50 anos e é considerado criticamente ameaçado de extinção. O Squalus acanthias tem espinhos nas suas barbatanas, vive até 40 anos e seu período de gestação pode chegar a 24 meses. Ele está na lista de espécies ameaçadas. Já o Mustelus asterias pode chegar a 1,4 metro e é classificado como "quase ameaçado".

Um grupo de trabalho focado em tubarões foi criado na ZSL no ano passado para estudar a fauna local. Os especialista do The Greater Thames Shark Project acreditam que os tubarões das espécies Galeorhinus galeus Mustelus asterias estejam usando o estuário como berçário.

Mas o relatório do ZSL não traz somente boas notícias. Os pesquisadores verificaram uma leve queda nas espécies de peixes na comparação com levantamento feito na década de 1990. Mais pesquisas serão conduzidas para identificar as causas.

O que já se sabe é que a temperatura e o nível da água estão aumentando. Embora a qualidade da água tenha melhorado no geral, foi verificado um aumento na concentração de nitrato, que pode afetar negativamente a qualidade da água e da vida selvagem.

A Agência Ambiental britânica identificou efluentes industriais e a rede de esgoto como as principais fontes de nitrato nos corpos d'água de Londres, segundo o relatório. Também foram encontrados substâncias químicas que precisam ser melhor monitoradas.

Um novo sistema de esgoto já está sendo elaborado e deve ficar pronto em 2025 a um custo de cerca de R$ 29 bilhões. O objetivo do Thames Tideway Tunnel é capturar mais de 95% do esgoto que é jogado no rio atualmente.

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