A Polícia Federal prendeu o ex-deputado Daniel Silveira (PTB), na manhã desta quinta-feira (2), em Petrópolis, no Rio de Janeiro. A corporação cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por ordem do ministro Alexandre de Moraes.
A operação aconteceu um dia após Silveira perder o foro privilegiado de parlamentar, já que não foi eleito senador nas últimas eleições. Devido a isso, deixou o cargo de deputado na última quarta-feira (1º), durante a posse dos novos eleitos.
Uma fonte da PF ouvida pela Band Brasília informou que houve apreensão de grande quantidade de dinheiro na casa de Silveira. A prisão aconteceu devido ao descumprimento de medidas cautelares, a exemplo do não uso e rompimento da tornozeleira eletrônica que usava.
Além da prisão e busca e apreensão, Moraes determinou a suspensão imediata do porte de arma de fogo de Silveira, bem como o fim de certificados, por parte do Exército, sobre atividades de colecionamento de armas de fogo.
O STF ainda cancelou todos os passaportes emitidos em nome do ex-deputado. A Band tenta contato com a defesa do ex-deputado, mas ainda não conseguiu respostas.
Ameaças a ministros do STF
Ano passado, Silveira foi condenado pelo STF por incitação à violência contra ministros da Corte e ataque às instituições. O Plenário fixou pena de oito anos, pagamento de multa e perda de mandato. No dia seguinte, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu o indulto de graça para livrar o aliado das punições.
O deputado chegou a ser preso em flagrante em fevereiro de 2021, no âmbito de um inquérito que apura a realização de atos contra instituições democráticas, após ele ter divulgado vídeos com ameaças a ministros do Supremo. Ele, posteriormente, tornou-se réu no mesmo processo.