Dados preliminares indicam que a vacina da AstraZeneca protege as pessoas contra a variante de Manaus do coronavírus. Os estudos estão sendo realizados pela Fundação Oswaldo Cruz em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Assim como no caso da cepa inglesa, a diferença na produção de anticorpos é “muito pequena”, segundo o vice-presidente da Fiocruz, Marco Krieger, disse em entrevista ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes nesta quarta-feira (10).
“Dados preliminares têm indicado que a gente tem um comportamento muito parecido com a variante inglesa. Existe sim um desvio da resposta de anticorpos, que não é a única em relação as variantes, mas ele é muito pequeno. A gente tem dado efetividade da Inglaterra mostrando que essas variantes foram muito bem combatidas pela vacina. Acho que a gente tem que manter o nível de preocupação de vigilância genômica, mas os dados até o momento não indicam que a gente tenha uma situação grave a falta de funcionamento das vacinas”, explicou Krieger.
A vacina da AstraZeneca está sendo fabricada na planta industrial de Bio-Manguinhos, no Rio de Janeiro.
Falando ao Jornal Gente, na Rádio Bandeirantes, o vice-presidente da Fiocruz disse que está mantida a previsão de entrega de 100 milhões de doses até julho.
“É importante salientar que a gente tem um hiato de tempo entre o final da produção e a liberação pelo controle de qualidade. Tudo que a gente conseguir produzir até o dia 15 a gente consegue entregar em março, mas no começo de abril a gente vai estar entregando muito mais. Em abril, nossa expectativa somando é termos uma entrega de 30 milhões de doses totais do projeto, em maio ao redor de 55 milhões de doses, em junho 80 milhões de doses e em julho totalizar as 100 milhões de doses”, disse.