Dá para confiar no teste rápido de covid-19? Infectologista responde

Resultados negativos devem ser interpretados com cuidado, afirma membro da Sociedade Brasileira de Infectologia

Marília Montich no Jornal Metro

Dá para confiar no teste rápido de covid-19? Infectologista responde Freepik
Dá para confiar no teste rápido de covid-19? Infectologista responde
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Com o avanço da contaminação pela covid-19, a demanda pelos testes para a detecção do vírus segue proporcionalmente alta. Na cidade de São Paulo, UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais), PAs (pronto atendimentos) e PSs (prontos-socorros) têm aplicado o chamado teste rápido, que detecta a doença em poucos minutos. Mas será que esse tipo de testagem é, de fato, eficaz?

O Metro World News conversou com a infectologista Raquel Stucchi, membro da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), para esclarecer a questão. Segundo ela, o teste rápido - ou antígeno - é confiável na detecção do vírus. “Se o resultado for positivo, o paciente está com covid-19?, afirma.

A grande questão é quando o resultado é negativo. Nesse caso, há, sim, chances de se tratar de um falso negativo. “Isso pode acontecer quando a coleta não foi adequada ou se o exame foi feito muito precocemente”, alerta a infectologista.

Por isso, para aumentar as chances de um diagnóstico preciso, Raquel orienta que a amostra seja colhida, no caso de quem tem sintomas gripais, no terceiro dia, contando o dia de início dos sintomas como o dia zero.

“Se a pessoa tem sintomas, fez um teste rápido e o resultado deu negativo, ela deve se manter em isolamento e repetir este teste 48 horas depois ou colher o RT-PCR, cuja sensibilidade é maior”, orienta.

Vídeo: Tire suas dúvidas sobre os testes rápidos

Teste rápido x PCR

O teste rápido identifica a presença de uma proteína do vírus SARS-CoV-2, o que indica que a pessoa está infectada naquele momento, podendo ser utilizado para o diagnóstico na fase aguda da doença.

A coleta da amostra é feita por meio da introdução de swab nas duas narinas, em que uma haste flexível com algodão na ponta é introduzida no fundo do nariz para coletar uma amostra. O resultado é liberado em aproximadamente 15 minutos.

Já o RT-PCR permite identificar a presença do material genético (RNA) do vírus SARS-CoV-2. É considerado o “padrão ouro” da OMS (Organização Mundial da Saúde) para detectar a infecção, uma vez que oferece resultados mais precisos. Ele é feito a partir do swab nasal e também oral.

O exame identifica a presença do vírus do primeiro até o oitavo dia de início de sintomas. Em casos graves hospitalizados, a amostra pode ser coletada até o 14º dia.

Onde fazer teste em São Paulo

Quem mora na cidade de São Paulo e suspeita ter sido infectado pela covid-19 pode procurar a rede pública de saúde. Todos os endereços das unidades disponíveis podem ser consultados com a ferramenta Busca Saúde.

Dor de garganta é um dos sintomas mais comuns provocados pela infecção pela variante Ômicron, que circula atualmente. Além dela, podem aparecer dores musculares ou no corpo; dor de cabeça; cansaço extremo; febre; calafrios; tosse; falta de ar ou dificuldade para respirar; congestão ou nariz escorrendo; náusea ou vômito; diarreia e perda de paladar ou olfato.

Este texto foi originalmente publicado no METRO JORNAL

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