O navio MSC Preziosa, que retornou à cidade do Rio de Janeiro neste domingo (2), teve que desembarcar todos passageiros. A medida foi tomada depois que 28 casos de covid-19 foram detectados no local - eram 26 passageiros e 2 tripulantes.
Na noite de réveillon, o MSC Preziosa ficou ancorado na Praia de Copacabana. Depois da virada do ano, ele seguiu para a cidade de Búzios, onde os primeiros casos começaram a ser diagnosticados, por isso a embarcação retornou ao porto de origem. Os positivados ficaram em isolamento e estão assintomáticos ou com sintomas leves.
As autoridades identificaram os contactantes, ou seja, pessoas que tiveram contato com casos positivados de covid-19. Todos eles devem permanecer em isolamento após desembarque.
A investigação, conduzida pelas autoridades locais de saúde em colaboração com a Anvisa, determinou o nível do cenário epidemiológico da embarcação em Nível 3 nos termos da Portaria do Ministério da Saúde GM/MS nº 2.928, de 2021. De acordo com essa avaliação, os novos embarques de hoje foram autorizados. No entanto, não há garantia futura de novos embarques, que dependem de novas investigações.
Saúde avalia suspender temporada de cruzeiros
O Ministério da Saúde afirmou avaliar com outros ministérios a recomendação da Anvisa da última sexta-feira (31) de suspender temporariamente a autorização para que cruzeiros de turismo operem no Brasil.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária pediu a paralisação da temporada após os surtos de Covid-19 registrados em duas embarcações que navegavam pelo litoral brasileiro, o MSC Splendida e o Costa Diadema.
A temporada de cruzeiros foi autorizada por portaria interministerial.
Descumprimento de procolos sanitários
A Anvisa verifica se os navios estão cumprindo os protocolos sanitários. Existe a suspeita, por exemplo, de realização de festas sem os devidos cuidados.
A agência se manifestou sobre isso também e informou que vai apurar os fatos. Lembrou que as embarcações Costa Diadema e MSC Splendida estão com operações interrompidas e só voltarão à ativa após avalições sanitárias.
"Se constatada irregularidade, os responsáveis serão penalizados. Dentre as penas, estão multas e, até mesmo, a suspensão das atividades das embarcações. A Anvisa ainda noticiará aos demais órgãos de controle", informou a agência.