Cristina Kirchner foi condenada nesta terça-feira (6) a seis anos de prisão e perda de direitos políticos e não poderá ocupar cargos públicos de forma perpétua pela Justiça da Argentina. Ela foi condenada pelos crimes de corrupção e administração fraudulenta em detrimento da administração pública.
A atual vice-presidente da Argentina era acusada de desvios de verbas na província de Santa Cruz. A promotoria pedia a condenação dela a 12 anos de prisão. Ela nega as acusações e diz que as denúncias são falsas.
Cristina governou o país em duas ocasiões e dificilmente será presa, apesar da condenação. A política tem imunidade parlamentar e já tem 69 anos, então a ida para trás das grades é improvável. Ela pode recorrer da sentença em outras instâncias até chegar ao Supremo Tribunal Federal do país.
Processo contra Cristina Kirchner
A ex-presidente e atual vice de Alberto Fernández é acusada de chefiar uma associação criminosa e de administração fraudulenta durante o período em que o marido dela, Néstor Kirchner, foi presidente (de 2003 a 2007) e durante as gestões dela como presidente (de 2007 a 205).
Segundo a acusação, a organização cometeu corrupção que tirou mais de US$ 1 bilhão do Estado, por volta de R$ 5 bilhões. Além dela, foram julgadas outras dose pessoas e o processo durou mais de três anos até a condenação.
Mesmo condenada, a política não deve ser presa
Por ocupar o cargo de vice-presidente da Argentina, Kirchner tem a mesma imunidade constitucional que o presidente, o que a protege legal e civilmente em um processo criminal. Assim, não pode ser presa, a menos que seja afastada por impeachment. Cristina pode recorrer à Câmara Federal de Cassação Penal e, em última instância, à Corte Suprema da Argentina.