CPMI ouve fotógrafo que fez cobertura dos atos criminosos do 8 de janeiro

Os requerimentos de convocação, que tem entre os autores os senadores Marcos do Val (Podemos-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE), foram aprovados em 3 de agosto

Da Redação

CPMI ouve fotógrafo que fez cobertura dos atos criminosos do 8 de janeiro
Reprodução/TV Senado

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro ouve nesta terça-feira (15) o fotojornalista Adriano Machado, da agência de notícias Reuters, que participou da cobertura dos atos antidemocráticos no Palácio do Planalto. 

Os requerimentos de convocação, que tem entre os autores os senadores Marcos do Val (Podemos-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE), foram aprovados em 3 de agosto. A reunião da comissão está marcada para às 9h desta terça. 

Segundo o senador Eduardo Girão, Machado teve sua imagem registrada em vídeo, gravado no dia dos ataques aos prédios do Congresso, STF e Palácio do Planalto. Para ele, o depoimento do fotógrafo ajudará a esclarecer diversos aspectos relacionados ao objeto de investigação da CPMI.

Entidades ligadas ao jornalismo

A convocação de Adriano Machado gerou críticas de entidades ligadas à imprensa, como a Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). 

“Fica claro que a aprovação do requerimento para a convocação de Adriano Machado é, na verdade, mais uma tentativa de grupos extremistas de desviar o foco sobre a responsabilidade dos crimes cometidos na Praça dos Três Poderes”, destacou a Abraji. 

A entidade reforça que dezenas de profissionais, incluindo Adriano Machado, “se colocaram em risco para que a população fosse prontamente informada sobre o que ocorria dentro dos prédios dos Três Poderes”. 

“A liberdade de imprensa é um direito previsto pela Constituição Federal absolutamente fundamental para o bom funcionamento do regime democrático. A tentativa de intimidar um fotojornalista é, portanto, um claro ataque ao Estado Democrático de Direito, que não pode ser corroborado pelo Congresso Nacional”, diz trecho da nota.

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