CPMI aprova convocação de Walter Delgatti, o hacker da Vaza Jato

‘O depoimento nos parece fundamental para a investigação dos fatos desta comissão de inquérito’, afirmou a relatora da comissão, senadora Eliziane Gama

Da Redação

Walter Delgatti
Reprodução

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro aprovou nesta quinta-feira (3) a convocação de Walter Delgatti, conhecido como o hacker da Vaza Jato, que foi preso pela Polícia Federal por suposta invasão a sistemas de órgãos públicos, como do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 

A relatora Eliziane Gama (PSD-MA) é uma das autoras da convocação de Walter Delgatti. Para a senadora, ele poderá ajudar a esclarecer como a deputada Carla Zambelli (PL-SP) atuou de modo a questionar a legitimidade do sistema eleitoral nas eleições de 2022. “O depoimento nos parece fundamental para a investigação dos fatos desta comissão de inquérito”, afirma a autora.

Além do hacker da Vaza Jato, os parlamentares que compõem a CPMI aprovaram mais convocações de testemunhas, transferências de sigilos (telefônico, telemático, bancário e fiscal), além de Relatório de Inteligência Financeira (RIFs), documentos que o Conselho de Controle de Atividade Financeiras (Coaf) produz na identificação de movimentações que indiquem suspeita de crimes.

Veja quem foram os outros convocados para depor na CPMI: 

Cíntia Queiroz de Castro, coronel da Polícia Militar do DF;

Marcela da Silva Moraes Pinto, cabo da Polícia Militar do DF;

Luis Marcos dos Reis, sargento do Exército;

Adriano Machado, fotojornalista da Agência Reuters. 

Mesmo sem acordo entre parlamentares da base do governo e da oposição, o fotojornalista da agência de notícias Reuters, Adriano Machado, foi convocado para depor na CPMI. 

“Adriano Machado aparece nas filmagens do circuito interno de câmeras do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. Ele registra justamente o momento em que um dos invasores chuta a porta do Gabinete Presidencial. Após o ato de vandalismo, parece confraternizar com o invasor”, justificou o senador Izalci Lucas (PSDB-DF). 

Enquanto o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) defendeu o sigilo de “fonte” pela imprensa e que o “jornalista estava tirando fotos”, o senador Magno Malta (PL-ES) ressaltou que o fotógrafo não está sendo chamado como testemunha para falar sobre suas “fontes”, mas porque estava na “cena do crime”.

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