Relator da CPI da Pandemia, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) deve adiar a entrega do relatório final da comissão do Senado, que investiga ações e possíveis omissões do governo federal na condução do combate ao coronavírus. A entrega estava prevista para esta sexta-feira (24), mas deve ficar para o fim de setembro ou começo de outubro.
O adiamento deve acontecer devido aos últimos fatos acontecidos na comissão na última semana: a operação da Polícia Federal em endereços da Precisa Medicamentos para obter dados e documentos, além do caso Prevent Senior - um dossiê elaborado por 12 médicos e ex-médicos da empresa de que o plano de saúde teria ocultado o número real de mortes de pacientes que participaram da pesquisa: dois óbitos, em vez de nove, nos estudos de uso de remédio sem eficácia comprovada no tratamento contra a Covid-19.
Além disso, existe um movimento que pede a reconvocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, à CPI, após a pasta suspender a vacinação em adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades supostamente por interferência de Jair Bolsonaro (sem partido). O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) já apresentou um requerimento para que o ministro deponha na comissão pela terceira vez.
Ainda existe a análise da data de convocação de Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, apontada como responsável por tráfico de influência com Marconny Albernaz, que seria lobista da Precisa, na determinação de cargos diretivos dentro do governo federal por meio de pagamento de propina.
Prorrogada uma vez, a CPI tem prazo de trabalho previsto até o início de novembro.