O presidente da CPI da Pandemia, Omar Aziz (PSD-AM), vai enviar ao Ministério Público do Distrito Federal o depoimento de Fabio Wajngarten para investigação do ex-chefe da Secretaria de Comunicação do governo por crime de falso testemunho.
Durante a sessão, Wajngarten deu respostas que contradiziam sua entrevista para a revista Veja, quando falou que fez negociações com a Pfizer para a compra de vacinas. Confrontado, ele chegou a dizer que a manchete não condizia com o que ele tinha dito.
O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), alertou Wajngarten para as inconsistências do depoimento e ameaçou o ex-secretário de prisão caso fosse comprovado que ele estava mentindo.
Enquanto Wajngarten era interrogado, a revista publicou uma reportagem com o áudio da entrevista, que confirmava que ele tinha acusado a gestão Pazuello de incompetência.
Renan disse que ia pedir a prisão de Wajngarten, mas Omar Aziz impediu que o assunto fosse adiante. Um bate-boca se instalou, Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) chamou Renan de vagabundo e o emedebista rebateu: "Vagabundo é você que rouba dinheiro dos seus funcionários".
A sessão foi interrompida para que os senadores pudessem participar de uma votação no plenário da Casa. Na volta, Aziz atendeu uma sugestão de Humberto Costa (PT-PE) e fez um ofício pedindo que o MP investigasse o depoimento de Wajngarten por possível crime de falso testemunho.
