CPI deve enviar até a próxima semana ao MP-SP todos os documentos da Prevent Senior

Senador Randolfe Rodrigues antecipou a informação no Manhã Bandeirantes, da Rádio Bandeirantes, nesta segunda-feira (27)

Da Redação, com Rádio Bandeirantes

O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) antecipou que vai propor ao relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), encaminhar os autos da investigação feita sobre a Prevent Sênior pela comissão parlamentar de inquérito para o Ministério Público de São Paulo e Procuradoria-Geral de Justiça.

Rodrigues disse também que é a favor de que as informações sejam divididas com a CPI na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), caso a comissão seja mesmo criada. O senador quer incluir no compartilhamento até mesmo o que disser a advogada Bruna Morato. Para ele, a sessão com a representante dos médicos que denunciaram a Prevent Senior, prevista para esta terça-feira (28), será a mais importante da semana.

“A nossa pretensão é já encaminhar os autos da investigação que está sendo feita aqui sobre o caso da Prevent Sênior para o Ministério Público estadual de São Paulo. Nós vamos amanhã ouvir a natureza de todas as denúncias e o que elas diziam. Para mim é o depoimento mais importante da semana, porque saberemos sobre todas as denúncias em detalhes”, disse na entrevista exclusiva ao Manhã Bandeirantes, nesta segunda-feira (27).

Rodrigues disse que material deve ser entregue no máximo até na semana que vem. “A ideia é que possamos consolidar essa documentação ainda nesta semana e semana que vem já esteja pronta para ser entregue ao Ministério Público paulista para auxiliar nos trabalhos da força-tarefa”, explicou. 

Depoimento de Luciano Hang

Outro depoimento importante agendado para esta semana na CPI é o do empresário Luciano Hang, na quarta-feira (29). Há dois pontos que os senadores esperam ver esclarecidos com a ida do empresário à comissão.

Um deles é a disseminação de notícias falsas que, segundo Randolfe Rodrigues, agravaram a pandemia e contribuíram para elevar o número de mortos. O outro ponto é a suspeita de que Luciano Hang tenha atuado como uma espécie de lobista para favorecer negócios da Precisa Medicamentos.

“Nós identificamos que se estruturou uma rede de notícias falsas no âmbito da pandemia. Eram notícias falsas que diziam, por exemplo: “Tome cloroquina que você não se interna por covid”, pelo que nós temos, inclusive, a partir do compartilhamento de informações do inquérito de fakenews estruturado no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ministro Alexandre de Moraes, o senhor Luciano Hang foi um dos financiadores disso”, afirmou. 

“A segunda natureza de investigação sobre Luciano Hang é que ele atuou em um esquema de lobby para provar uma legislação no Congresso Nacional que favoreceria os negócios da Precisa Medicamentos. Um convênio que a Precisa fez com a Associação Nacional de Vacinas Privadas ”, explicou. 

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