O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), não compareceu à CPI da Pandemia depois de conseguir um habeas corpus concedido pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ontem, antes de conseguir o habeas corpus, Lima tinha dito que o direito de permanecer calado era constitucional e que a antecipação de seu depoimento seria uma manobra política que antecipava a eleição de 2022, quando ele deve ser candidato à reeleição.
O presidente da CPI Omar Aziz (PSD-AM), que é senador pelo Amazonas, lamentou a ausência: "A decisão do STF sobre o depoimento de hoje frustra as expectavas do povo do Amazonas e do Brasil de saber realmente o que aconteceu na crise de oxigênio que ceifou tantas vidas no meu Estado no início do ano".
Na abertura da sessão de hoje, ele afirmou que deve recorrer ao STF para ouvir Lima. Nesta manhã os senadores votaram requerimentos e aprovaram a quebra de sigilo telefônico dos ex-ministros Pazuello e Araújo.
Wilson Lima foi alvo de ação da Polícia Federal que apura desvios em licitações no combate à pandemia. Por esse motivo, os senadores anteciparam o seu depoimento.