A ministra Rosa Weber, prestes a assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o arquivamento de ação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) a respeito de suposto charlatanismo atribuído a ele durante a pandemia de covid-19.
A Procuradoria-geral da República (PGR), em julho, manifestou-se contra o andamento das investigações no âmbito da Polícia Federal após conclusões dos trabalhos da CPI da Covid-19. Weber, porém, acatou o pedido da cúpula da comissão parlamentar de inquérito, chefiada pelos senadores Omar Aziz (PSD), Randolfe Rodrigues (Rede) e Renan Calheiros, e autorizou diligências da Polícia Federal.
“Encaminhem-se os autos à Polícia Federal, para a realização da diligência indicada pelos peticionários, além de outras que a autoridade policial entender pertinentes ao esclarecimento dos fatos objeto do presente procedimento, narrados à fl. 1.060 do Relatório Final da CPI/Pandemia”, concluiu a ministra.
O relatório final da CPI da pandemia também destacou que Bolsonaro e outras 24 pessoas, supostamente, incitaram aglomerações, não uso de máscaras e não se vacinar.
A ministra Rosa Weber assume, na tarde desta segunda-feira (12), a presidência do STF. Ela substitui o ministro Luiz Fux, que passou dois anos à frente da Corte. O ministro Luís Roberto Barroso será o vice-presidente.