Anderson Torres será convocado a depor para a Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Legislativa do Distrito Federal, que também aprovou nesta terça-feira (14) a quebra do sigilo bancário, telefônico e telemático do ex-secretário de Segurança Pública do DF. A CPI investiga possíveis omissões durante os ataques criminosos de oito de janeiro, em que vândalos quebraram os prédios da Praça dos Três Poderes.
Além da convocação de Torres e quebra de sigilo, o acusado pela quebra do relógio histórico do Palácio do Planalto, Antônio Cláudio Alves, também será convocado a depor e teve sigilos quebrados.
A CPI também aprovou as convocações o ex-secretário executivo da SSP-DF, Fernando de Sousa Oliveira; do ex-comandante da Polícia Militar do DF (PM-DF), coronel Fábio Augusto Vieira; da ex-subsecretária de Inteligência da SSP-DF, Marília Ferreira; do ex-secretário da SSP-DF, Júlio de Souza Danilo; dos coronéis da PM-DF, Jorge Eduardo Naime e Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues; e do tenente-coronel da PM-DF, Jorge Henrique da Silva Pinto.
Os deputados definiram que as reuniões da CPI serão realizadas nas quintas-feiras de março, às 10h. Em nota, o presidente da CPI, Chico Vigilante (PT), afirmou que "a sociedade brasiliense deposita expectativa muito grande” no trabalho da comissão.
“A gente tem um único objetivo: encontrar a verdade. Queremos saber efetivamente o que aconteceu naquele dia 12 e o que se repetiu e aconteceu naquele dia 8”, afirmou.
Já a vice-presidente, Jaqueline Silva (sem partido), reforçou o compromisso da investigação. ”Essa CPI não é para perseguir, também não é para blindar ninguém, mas é sim para fazer jus a essa casa. Esse parlamento não será um expectador, vai fazer sim o que é necessário, que é apurar todos os fatos”.