A CPI da Pandemia aprovou nesta quarta-feira a convocação de representantes de Google, Facebook e Twitter. O pedido feito pelo senador Randolfe Rodrigues busca explicação das empresas para a propagação de notícias falsas sobre a pandemia nas redes sociais.
Um levantamento feito pelo Band.com.br mostra que o presidente Jair Bolsonaro postou ao menos 129 vezes sobre medicamentos sem eficácia comprovada em suas redes sociais desde o início da pandemia. Somadas, as publicações tiveram mais de 27 milhões de interações. O YouTube chegou a remover diversas das lives semanais de Bolsonaro por ele defender o uso da hidroxicloroquina.
Randolfe cita declaração da Organização Mundial da Saúde (OMS) que fala de "um grande aumento no volume de informações associadas a um assunto específico, que podem se multiplicar exponencialmente em pouco tempo devido a um evento específico".
O senador entende que a disseminação de desinformação sobre a pandemia é um desafio extra no combate a Covid-19 e atrapalha as ações de combate à doença. Ele também destacou a presença de redes de robôs e contas inautênticas que aumentam o alcance dessas publicações enganosas.
O parlamentar entende que, "apesar dos notórios esforços promovidos pelas empresas", ainda há muito a ser feito para evitar que esse tipo de notícia falsa chegue à população brasileira.
O Projeto Comprova, que reúne dezenas de empresas jornalísticas de todo o Brasil, entre elas o Grupo Bandeirantes, já fez mais de 200 checagens de conteúdos falsos ou enganosos relacionados à pandemia.