O Instituto Butantan não vai conseguir completar a entrega de 100 milhões de doses da vacina Coronavac até 31 de agosto.
A antecipação do contrato firmado com o governo federal estava prevista e foi defendida pelo governador João Doria (PSDB) até a semana passada.
Segundo o diretor do Butantan, Dimas Covas, manifestações recentes do Ministério da Saúde causaram a reprogramação do calendário.
"Não entregaremos as 54 milhões de doses até amanhã. Nós estamos reprogramando as entregas em virtude de dois fatos. O primeiro fato foi a própria manifestação do Ministério, que excluiu a vacina como sendo a vacina para a terceira dose. Isso muda um pouco a programação. Nós estamos reprogramando porque nós temos outros contratos a serem atendidos, outros estados, outros países", afirmou.
O adiamento da entrega não é considerado atraso, já que o contrato prevê o fornecimento total das doses até 30 de setembro.
Na manhã desta segunda-feira, o instituto liberou 10 milhões de doses ao PNI (Programa Nacional de Imunização). Trata-se do maior lote já enviado ao governo federal desde o início das entregas, em janeiro.
Faltam pouco mais de 7 milhões de doses para que o acordo seja cumprido.
Vacinação em SP
O governo de São Paulo vai iniciar a aplicação da terceira dose da vacina contra o novo coronavírus em imunossuprimidos no dia 20 de setembro.
Este grupo considera, por exemplo, pessoas com câncer, HIV, transplantados, dependentes de diálise e outros com o sistema imune fragilizado.
A estimativa é de que 140 mil pacientes recebam o reforço da vacinação.