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Covid-19: 'No mínimo sintoma, fique em casa', diz secretário de Saúde de SP

Circulação simultânea da subvariante BQ.1 da ômicron, Influenza H3N2 e vírus sincicial respiratório preocupa

Da Redação, com BandNews TV

Após as secretarias municipal e estadual de Saúde de São Paulo confirmarem a primeira morte pela subvariante BQ.1 da ômicron, que causa a Covid-19, o secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn, recomendou nesta quarta-feira (9) que a população fique alerta a sintômas gripais. Além da sub-variante, há também crescimento no número de casos de Influenza H3N2 e de vírus sincicial respiratório, especialmente grave para crianças. 

O secretário destacou a necessidade de isolamento de pessoas com sintomas. "Estamos atentos a esses três vírus, que estão circulando e merecem atenção. O que nós orientamos às pessoas é que o mínimo sintoma respiratório: uma dor de garganta, nariz entupido, se puderem ficar em casa, que assim o façam. Se não puderem, que saiam de máscara protegento as pessoas ao seu entorno", disse Gorinchteyn em entrevista ao BandNews TV. 

"Temos três virus circulantes. O vírus da gripe H3N2 e o vírus sincicial respiratório, que não pega só em crianças, mas em crianças acaba promovendo um quadro mais grave levando àquilo que chamamos de bronquiolitis, são as infecções nos bronquiolos, que são aqueles canais que levam oxigênio nas partes terminais dos pumõezinhos e acaba sendo mais grave nas crianças, com necessidade de internação eventualmente em unidade de terapia intensiva", explicou. 

Subvariante da Ômicron

Dois casos de pacientes infectados com a subvariante BQ.1 da ômicron, variante do coronavírus, foram confirmados na terça-feira (8) na capital paulista. Um dos pacientes morreu no dia 17 de outubro. 

A vítima é uma mulher de 72 anos, que sofria de diversas comorbidades e fazia parte do grupo de risco para a doença. Ela ficou internada no Hospital São Paulo de 10 a 17 de outubro. Também enfrentava problemas cardíacos e úlceras infectadas. 

Jean Gorinchteyn reforçou a recomendação para que as pessoas tomem vacinas. "É fundamental que as pessoas entendam que a vacinação protege de formas graves e fatais. No caso em questão, dessa senhora, que era idosa, já tinha outras comorbidades, estamos aguardando a Secretária Municipal nos ofertar a condição vacinal dela, se tinha as quatro vacinas, mas a condição clínica poderia causar uma forma mais grave", disse. 

Casos de gripe disparam

Os casos de gripe comum dispararam em São Paulo. No Hospital Oswaldo Cruz, o número subiu de apenas seis, em agosto, para 124, em outubro.

“Um período de frio fora de época, as pessoas que não estão usando mais máscara, aglomerações, as pessoas ficam mais fechadas. Então acho que tudo isso colaborou para esse aumento de casos”, disse o médico infectologista Ivan França.

Há dois meses, a gripe comum era responsável por apenas 3% dos casos confirmados de contágio por vírus respiratórios. Esse índice agora é de 20%, segundo dados da Fiocruz.

Normalmente os casos de gripe comum sobem durante o inverno. Mas neste ano o aumento de casos aconteceu em setembro e outubro.

Segundo os médicos, a pandemia da Covid-19 interferiu na dinâmica de circulação de outros vírus respiratórios. “É um desarranjo, uma desorganização do padrão sazonal do vírus que temos não só aqui no Brasil, mas em diversas partes do mundo”, disse o médico infectologista Renato Kfouri.

Os casos graves de síndromes respiratórias estão crescendo em 10 estados. Além de São Paulo, o aumento atinge partes das regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste.

Para quem está com qualquer sintoma de gripe, a orientação é usar a máscara para não passar o vírus para outras pessoas.

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