A CoronaVac protege contra as três variantes do novo coronavírus que preocupam os cientistas é o que indicam os estudos preliminares feitos pelo Instituto Butantan, em parceria com a Universidade de São Paulo. As informações são da repórter Maira Di Giaimo, da Rádio Bandeirantes.
A primeira cepa, que foi detectada no Reino Unido, é entre 30 e 50% mais transmissível e aumenta a gravidade dos casos em 30%.
Além disso, é 64% mais mortal do que o coronavírus clássico, segundo um estudo publicado pela revista científica British Medical Journal, da Inglaterra.
A variante da África do Sul, além dessas características, tem ainda a capacidade de neutralizar anticorpos.
A linhagem que surgiu em Manaus concentra as mutações das outras duas cepas e pode reinfectar quem já contraiu a Covid-19.
Segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, a variante brasileira contribuiu para o agravamento da epidemia.
Para os testes, os cientistas combinaram o sangue dos pacientes vacinados com cada uma das variantes.
Por enquanto, só há resultados preliminares; o estudo completo será publicado em breve, ressalta o diretor de pesquisa clínica do Butantan, Ricardo Palácios.
Até agora, o Instituto Butantan já entregou cerca de 17 milhões de doses para o Ministério da Saúde.
Estão sendo produzidas, entre 600 mil e um milhão de doses por dia; até abril, a previsão é liberar, no total, 46 milhões de vacinas. Até agora, mais de 3,5 milhões de pessoas já foram vacinadas em São Paulo.
Na próxima segunda-feira (15), o estado começa a vacinar pessoas com 75 e 76 anos; e no dia 22 de março será a vez de quem tem entre 72 e 74 anos.