Chegou ao Brasil, nesta segunda-feira (22), o coração de Dom Pedro I, primeiro imperador do país. O órgão, conservado em formol e emprestado por Portugal, será usado na celebração dos 200 anos da Independência.
O coração de Dom Pedro I está em um ambiente com pressão controlada. Três autoridades portuguesas e um representante do governo brasileiro acompanham a viagem, cujo translado foi realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB) de Portugal a Brasília, com destino ao Itamaraty.
Na terça-feira (23), o coração de D. Pedro I será recebido pelo presidente Jair Bolsonaro em cerimônia nos mesmo moldes de visita de Estado. O órgão deverá ficar no Palácio do Itamaraty, em Brasília, até 8 de setembro.
Em Portugal, o coração de Dom Pedro I fica na igreja de Nossa Senhora da Lapa, na cidade do Porto. Ele é protegido pelos Guardiões da Irmandade de Nossa Senhora da Lapa.
No último sábado (20), portugueses que vivem na cidade de Porto tiveram a oportunidade de ver a relíquia exposta. Três mil pessoas fizeram fila para ver, pela primeira vez, o coração de D. Pedro I antes da viagem ao Brasil.
Cripta e urna
O órgão, com cerca de 9 kg, só poderá ser visto quando estiver no interior da cripta montada no Itamaraty, dentro de uma cápsula de vidro. Nas ações externas, a cápsula estará dentro de uma âmbula (espécie de cálice) de prata dourada, revestido por uma urna de madeira.
No Brasil, o coração de D. Pedro I será acompanhado pelo presidente da Câmara Municipal do Porto, cargo que equivale ao de prefeito, no Brasil. Em solo brasileiro, a proteção ficará a cargo da Polícia Federal e das Forças Armadas.
No dia 7 de setembro, data da Independência do Brasil, o coração estará em um evento, ao lado de outros chefes de Estado convidados. O retorno a Portugal está previsto para o dia 8 de setembro, chegando no dia 9 à cidade do Porto.
Visitação pública
Do dia 25 de agosto ao dia 7 de setembro, o coração fica acessível ao público no Itaramaty. Durante a semana, somente alunos de escolas do Distrito Federal poderão visitar a sala com o órgão. A prioridade no agendamento é de instituições públicas. Demais visitantes terá apenas os finais de semana para ver a exposição (dias 27 e 28 de agosto, e 3 e 4 de setembro).