COP26: Países fecham acordo para redução de combustíveis fósseis

Após três rascunhos, a conferência apresentou um documento final assinado por mais de 200 países

Da Redação, com BandNews TV

Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas foi encerrada neste sábado, 13 Divulgação/COP26
Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas foi encerrada neste sábado, 13
Divulgação/COP26

A 26ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas, COP26, finalmente aprovou um acordo climático após uma intensa negociação entre mais de 200 países-membro. Apesar da adesão das nações, representantes esperavam um acordo mais definitivo em questões-chave.

Em Glasgow, na Escócia, lideranças internacionais apresentaram o acordo final que, pela primeira vez na história, menciona combustíveis fósseis como o carvão, petróleo e gás, apontados como grandes responsáveis pelo efeito estufa.

Além da menção aos fósseis, o acordo tratou do financiamento para destinar recursos aos países pobres, com uma promessa de R$ 100 bilhões por ano. Também foram definidos pontos que estavam em aberto do Acordo de Paris, em 2015, como o que se refere ao mercado de carbono.

Em entrevista exclusiva ao BandNews TV, o fundador do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Fabio Feldmann, afirmou que o acordo final é bastante positivo para a comunidade internacional.

Segundo Feldmann, havia uma grande divergência entre as nações sobre temas importantes para selar o acordo, como o uso dos termos sobre combustíveis fósseis e a transferência de renda que os países desenvolvidos deveriam realizar para ajudar os países mais pobres a se adaptar à crise climática.

 "O processo diplomático é muito lento e nem sempre responde adequadamente à urgência do problema do clima. Os avanços são muito reduzidos, o ideal é que tivéssemos mais ação e menos conversa, mas eu diria que foi uma COP bem sucedida", frisou.

A expectativa agora é que as questões acordadas sejam colocadas em prática e implementadas pelas nações, começando pelas potências mundiais, os grandes emissores e depois os países que ainda não possuem capacidade financeira para cumprir as promessas.

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