O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, conversou com o chanceler da Ucrânia, Dmytro Kuleba, por telefone, nesta terça-feira, 1º. Este foi o primeiro diálogo entre os países desde o início dos ataques russos para a tomada de Kiev. O chinês revelou que está preocupado com os “danos à paz”.
De acordo com o comunicado chinês, Pequim trabalha para uma saída diplomática do confronto e media um cessar-fogo. Wang Yi também destacou a posição da China, aliada da Rússia, sobre a segurança de um país não ser “à custa da segurança de outros países”, de maneira que a “segurança regional não pode ser alcançada pela expansão de blocos militares”.
A principal alegação russa para o início dos ataques tem a ver com a expansão da Otan, aliança militar do Ocidente, no Leste europeu, já que a Ucrânia demonstrou interesse em participar do grupo de países-membros do Tratado do Atlântico Norte. O Kremlin destaca que tal ingresso colocaria Moscou sob riscos das forças americanas.
A nota divulgada pelo governo chinês também ressalta a concentração de Pequim em garantir a segurança de cidadãos chineses na Ucrânia. No mesmo texto, foi informado que Kiev está disposta a fortalecer a comunicação com a China.
Em comunicado, o lado ucraniano disse que Kuleba pediu aos chineses que usem a proximidade que têm com o Kremlin para que a guerra acabe. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia informou que Pequim fará “todos os esforços” para resolver o conflito por meio da diplomacia.