Contrabando de cigarros no Rio Grande do Sul movimenta quase R$ 700 milhões

No primeiro trimestre deste ano, apreensões aumentaram em 30%

Da redação

Contrabando de cigarros no Rio Grande do Sul
Pixabay

Um levantamento do Instituto Ipec Inteligência, com dados de 2022, mostrou que 23% de todos os cigarros que circulam no Rio Grande do Sul são contrabandeados, vindo na maioria do Paraguai. 

Esse volume equivale a uma evasão fiscal de R$ 172 milhões só com ICMS.  Nos últimos seis anos, a evasão somou quase R$ 5 bilhões. Uma quantia enorme que poderia ser aplicada em políticas públicas. De acordo com a Receita Federal, quase metade dos produtos apreendidos no estado é cigarro ilegal.

O Presidente do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade, Edson Vismona, chama a atenção para o que o país deixa de ganhar com o contrabando. “Uma riqueza que poderia gerar empregos, ampliar a indústria, financiar a segurança e programas sociais, favorecer o consumo e melhorar as condições de vida.”

O caso do Rio Grande do Sul é apenas um reflexo da dificuldade brasileira em combater o contrabando. A mesma pesquisa Ipec estima que mercado ilegal de cigarros causou ao país uma sonegação fiscal de R$ 8,3 bilhões somente em 2022 – na soma dos últimos 11 anos, essa quantia chega aos R$ 94 bilhões.

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