Consequências da delação premiada de Mauro Cid preocupam o comando do PL

Preocupação no PL é de Cid implicar Bolsonaro diretamente numa tentativa de golpe de Estado e no esquema das joias

Da redação

As consequências da delação de Mauro Cid, que podem envolver Jair Bolsonaro (PL), preocupam o PL, partido do ex-presidente. Nesta quarta-feira (13), o ex-mandatário divulgou uma foto para mostrar que está bem após passar por procedimentos cirúrgicos.

O comando do PL avalia que o ex-presidente veio a público para mandar recados ao partido e à militância. Bolsonaro minimizou a delação premiada de Cid, tenente-coronel que foi ajudante de ordens da presidência da República. 

Em entrevista à colunista Mônica Bergamo, da Folha De São Paulo e do Grupo Bandeirantes, Bolsonaro afirmou que Cid é uma pessoa decente, de bom caráter, e que não vai inventar nada, até porque precisará provar.

A preocupação no PL é de Cid implicar Bolsonaro diretamente numa tentativa de golpe de Estado e no esquema das joias. A Polícia Federal (PF) afirma que o ex-presidente se beneficiou da venda de presentes de luxo, o que ele nega.

A data do primeiro depoimento de Cid à PF, já como delator, ainda depende dos delegados que vão confrontá-lo e dos peritos que analisam o aparelho celular do militar. A expectativa é de que isso ocorra até sexta-feira (15).

O acordo de Cid com a PF é contestado pelo Ministério Público. Hoje, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, defendeu a delação fechada pela corporação.

“É claro que é um meio legítimo de produção de provas. A colaboração premiada, quando bem feita, quando feita com seriedade, quando feita com imparcialidade, pode ser um caminho”, argumentou Dino.

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