Conselho de Segurança da ONU condena ações da Rússia na Ucrânia

Países criticaram o recente envio de tropas russas a regiões ucranianas separatistas

Eduardo Barão

A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou, durante reunião do Conselho de Segurança na noite desta segunda-feira (21), as recentes ações da Rússia na Ucrânia, incluindo o reconhecimento de independência de regiões separatistas e o envio de tropas à fronteira.

Agências internacionais informaram que o presidente russo Vladmir Putin ligou ontem para o presidente francês Emanuel Macron e para o chanceler alemão Olaf Scholz para informar que reconheceria a soberania da região de Donbass, onde vivem separatistas russos em territórios ucranianos.

No local, dois grupos autoproclamaram a independência do que seriam as repúblicas populares de Donetsk e Luhansk. Rebeldes apoiados por Moscou combatem militares ucranianos desde 2014, quando o então presidente Víktor Fédorovych Yanukóvytch (Ucrânia), pró-Rússia, foi deposto. Na mesma época, a Península da Crimeia foi anexada pelo Kremlin.

As tensões na região crescem desde a última semana, sendo que várias violações de cessar-fogo já foram registradas. Uma bomba, inclusive, atingiu uma escola infantil. Russos e ucranianos se acusam quanto à responsabilidade do atentado.

Invasão é dúvida

Os Estados Unidos já afirmaram anteriormente que acreditam na possibilidade de uma invasão da Rússia na Ucrânia

“Estamos em uma janela em que uma invasão pode começar a qualquer momento e, para ser claro, isso inclui o período durante as Olimpíadas", disse o secretário de Estado Antony Blinken. Para o representante americano, há “sinais muito preocupantes da escalada russa”.

O presidente Joe Biden alertou os norte-americanos que estão Ucrânia e pediu para que retornassem imediatamente aos Estados Unidos. 

Outros países, como Japão e Coreia do Sul, Israel, também atuam para que os cidadãos evacuem o país. Ao contrário da versão da Casa Branca, Putin continua com o discurso de que não invadirá a Ucrânia e que está aberto às negociações diplomáticas, apesar de ser enfático em não aceitar o ingresso do vizinho à Otan, aliança militar do Ocidente.

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