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Conselho de Ética da Câmara admite denúncia contra Carla Zambelli

Representação feita em abril é de conduta incompatível com decoro parlamentar

Da redação

Conselho de Ética da Câmara admite denúncia contra Carla Zambelli
Conselho de Ética da Câmara admite denúncia contra Carla Zambelli
Michel Jesus

O Conselho de Ética da Câmara Federal admitiu nesta quarta-feira (2) a denúncia contra a deputada Carla Zambelli (PL). A representação, apresentada em 13 de abril, alega imputação de conduta incompatível com o decoro parlamentar.

A denúncia feita pelo deputado Duarte Jr. (PSB), tem origem em uma ofensa que teria sido proferida por Zambelli durante uma audiência da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado na Câmara. Para Duarte Júnior, a expressão usada por Zambelli “tinha o claro propósito de ofender e insultar”. 

Agora, o processo seguirá em análise no Conselho de Ética, que avaliará a conduta da Deputada Carla Zambelli e os possíveis desdobramentos. 

Carla Zambelli foi alvo de operação da PF nesta quarta (2)

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (2), a Operação 3FA com o objetivo de esclarecer a atuação de indivíduos na invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e na inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP). Os alvos da operação são Walter Delgatti, o hacker da Vaza Jato, e a deputada Carla Zambelli (PL-SP). 

Segundo a PF, estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, contra o hacker da Vaza Jato, além de três mandados de busca e apreensão no Distrito Federal.

As ações ocorrem no inquérito policial instaurado para apurar a invasão ao sistema do CNJ, que tramitou perante a Justiça Federal, mas teve declínio de competência para o Supremo Tribunal Federal em razão do surgimento de indícios de possível envolvimento de pessoa com prerrogativa de foro.

“Os crimes apurados ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente, de outros tribunais do Brasil, 11 alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos e um mandado de prisão falso em desfavor do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes”, informou a Polícia Federal em comunicado. 

Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, comentou sobre a operação da PF nas redes sociais. “Em prosseguimento às ações em defesa da Constituição e da ordem jurídica, a Polícia Federal está cumprindo mandados judiciais relativos a invasões ou tentativas de invasões de sistemas informatizados do Poder Judiciário da União, no contexto dos ataques às instituições”, publicou. 

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