O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) avaliou que é preciso encontrar uma solução urgente para que o Brasil não desperdice 6,86 milhões de testes RT-PCR que vão vencer até janeiro. Eles estão armazenados em Guarulhos (SP) e ainda não foram distribuídos à rede pública desde que foram comprados pelo Ministério da Saúde, segundo informou o jornal O Estado de São Paulo.
Entrevistado pela BandNews FM, Carlos Lula disse que não sabia do estoque de exames parado e explicou como está a negociação entre estados e o governo federal nessa área, relação que é acompanhada e intermediada pelo Conass. Segundo ele, os estados têm solicitado outros tipos de teste para diagnosticar o novo coronavírus, não o RT-PCR, por falta de insumos e equipamentos.
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“O repasse desse material para estados só aconteceu a partir de agosto. Os insumos para extração do material genético viral e equipamentos dessa etapa somente foram repassados a partir de setembro. Esses entraves ainda não foram resolvidos. O contrato que permitia o fornecimento de insumos e equipamentos necessários para automatizar e agilizar a primeira etapa do processamento foi cancelado pelo ministério, ao compromisso da pasta de manter o abastecimento por três meses. Mas é fundamental, porém, que uma nova contratação seja feita”, explicou.
Além disso, de acordo com Carlos Lula, apenas 10 laboratórios centrais de saúde pública receberam equipamentos para analisar os resultados de RT-PCR.
Com isso, falta capacidade para avaliar mais exames na rede pública, caso seja necessário agilizar o processo para evitar o vencimento das unidades já compradas.