Notícias

É guerra ou não é? Como o conflito Israel x Hezbollah é tratado na Assembleia Geral da ONU

Por Moises Rabinovici

  • facebook
  • twitter
  • whatsapp
MOHAMED AZAKIR/REUTERS

Mais de cem líderes mundiais estão em Nova York para a anual Assembleia Geral da ONU, aberta nesta terça-feira (24) com o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dá para antecipar muitos apelos impotentes à paz em Israel-Líbano-Gaza e na Ucrânia-Rússia, porque o Conselho de Segurança não tem mecanismos para executar resoluções. “Não tem dentes”, como dizem diplomatas.

Há controvérsias sobre o que está acontecendo entre Israel e Hezbollah, com 600 mortos, dos quais 50 crianças, só num dia, ou entre Israel e Hamas, com mais de 40 mil mortos, incluindo milhares de crianças, em quase um ano. Há quem diga que, “Se continuar assim, uma guerra aberta poderá estalar na região”.

A manchete, num jornal desta terça-feira: “Cresce o medo de uma escalada”. E em outro: “Aumenta o conflito”.

O novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, comentou na segunda-feira, já na ONU, que “o Irã não quer uma guerra regional”; ou “não procura instabilidade” — e renovou a promessa de continuar armando o Hezbollah. 

O Líbano não estará presente à Assembleia Geral. O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu já adiou duas vezes a partida para New York, e está programado para discursar na sexta-feira. O porta-voz do Catar Majed Al-Ansari explicou no Concordia Summit, uma reunião paralela à da ONU: “Se nós não interviermos entre Hezbollah e Israel, todos nós, coletivamente, acabaremos testemunhando uma catástrofe ainda pior na região”. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky chegou aos EUA com um “plano de vitória”, desde que os países ocidentais que o armam o livrem das restrições de atacar o território russo.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou-se seriamente preocupado com a situação mundial. Mas o seu “Pacto para o Futuro”, para dar força ao Conselho de Segurança, deverá ser boicotado no domingo pela Rússia, que tem direito a veto e não quer mudanças, e por seus fiéis parceiros: Irã, Síria, Venezuela e Bielorrússia.

A atriz Maryl Streep participou na segunda-feira de uma campanha que quer a inclusão de mulheres no Afeganistão, onde elas estão mais reprimidas sob o regime do Talibã. Matt Damon apareceu na reunião do (Hillary) Clinton Global Initiative. Até o príncipe Harry foi visto pelos corredores da Assembleia Geral.

Tópicos relacionados

Mais notícias

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.