Comandante da Polícia Civil vai continuar carreira de piloto após sequestro durante voo no Rio de Janeiro

Adonis Lopes de Oliveira conversou com exclusividade com Rodolfo Schneider e Christiano Pinho nesta segunda-feira (20)

Rodolfo Schneider, Christiano Pinho e Ryan Lobo, da BandNews FM

Mesmo depois de passar pelo o que definiu como a situação de maior tensão já vivida em 35 anos de Polícia Civil, o comandante que teve o helicóptero sequestrado durante um voo e ficou sob a mira de bandidos armados com dois fuzis afirma que vai continuar a carreira de piloto. Neste domingo (19), Adonis Lopes de Oliveira foi acionado para buscar um casal em um hotel em Angra dos Reis, na Costa Verde Fluminense.

No local, o piloto percebeu que os passageiros eram dois homens vestidos com casacos pretos. O voo teria como destino um heliponto da zona sul do Rio de Janeiro, mas durante a viagem os bandidos anunciaram o sequestro e ordenaram que Adonis seguisse para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste. 

Em entrevista à BandNews FM, Adonis afirmou que o plano dos bandidos era resgatar um traficante que está preso no local. Após o anúncio do sequestro, o piloto e policial da Policia Civil acionou um botão de emergência para informar aos órgãos de controle que a aeronave estava sob "interferência ilícita".

Durante o trajeto, Adonis tentou convencer os bandidos de que o plano não daria certo, já que o helicóptero provavelmente seria alvejado ao entrar na área do presídio. Sob a mira de dois fuzis, o policial civil, que estava desarmado e sem identificação de policial, conduziu a aeronave até o batalhão da Polícia Militar da região.

Segundo o comandante, os bandidos o imobilizaram e empurraram a alavanca de controle do helicóptero para que ela não pousasse no local. Ali, Adonis diz que pensou que seria morto pelos criminosos.

Em seguida, os bandidos desistiram do plano e obrigaram Adonis a seguir para Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Lá, os criminosos pediram que o piloto fizesse o pouso em uma estrutura no alto da comunidade do Caramujo, uma das mais perigosas da região.

O piloto fechou a porta rapidamente, com medo de que os bandidos disparassem na direção do helicóptero. Toda a ação durou 50 minutos.

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