Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, realizou uma profunda reforma ministerial e trocou um terço de seu gabinete na tentativa de estancar a maior crise vivida por seu governo até aqui.

O maior problema para Trudeau é que o movimento aconteceu pouco antes do Novo Partido Democrático (NDP) anunciar que rescindiria o apoio que dá à administração atual. Como o Partido Liberal, do premiê, é minoritário, a saída do NDP significa que a queda do governo é iminente. 

A situação já era delicada, uma vez que o partido do primeiro-ministro tem sofrido derrotas significativas nas últimas eleições e está atrás do Partido Conservador nas pesquisas de opinião sobre o pleito geral, que ocorrerá no ano que vem.

Tudo piorou nesta semana, quando a vice-primeira-ministra e ministra das finanças, Chrystia Freeland, pediu demissão e escreveu uma carta com críticas ao ex-chefe.

Justin Trudeau lidera o Canadá há quase uma década. Nos últimos dias, ele tem sido alvo de críticas de parlamentares do próprio partido e tem lidado com deboches do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que já deixou claro que não facilitará a vida do colega.