Nesta sexta-feira (5), o Brasil que tem 2,5% da população global, atingiu a marca de 30% dos casos novos da covid-19 em todo o mundo. Nas últimas 24 horas, foram 1.800 novas mortes e 75.495 casos. Na maior parte dos estados, tanto nas capitais, quanto no interior, o quadro hospitalar é crítico, próximo de um colapso.
A situação é tão grave que o mundo voltou os olhos para o Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta preocupante. Se o País não levar a crise a sério, se não adotar distanciamento social, nem a vacina resolve.
Autoridades e cientistas de países que já passaram pelo pior momento da pandemia também estão preocupados. As informações são dos correspondentes do Grupo Bandeirantes em Nova York e Londres, Eduardo Barão e Felipe Kieling.
As autoridades americanas consideram o Brasil uma ameaça aos esforços de vacinação, principalmente por causa das mutações do vírus que circulam no País. Vários veículos dos EUA consideram que essas variantes poderiam se adaptar e infectar até pessoas já vacinadas.
Com mais de 520 mil mortes, os Estados Unidos lideram o ranking de óbitos em todo o mundo, mas já foram ultrapassados pelo Brasil em número de novos casos e mortes diárias.
No Reino Unido, local com mais mortes por covid-19 na Europa (cerca de 125 mil), a pandemia está mais sobre controle por conta de um lockdown imposto pelo governo desde o início do ano, aliado à massiva campanha de vacinação que já chegou até 40% da população.
Recentemente, os britânicos enfrentaram problema semelhante ao Brasil, com o aumento das novas variantes, mais agressivas, que aumentaram o número de casos e deixaram o sistema de saúde perto do colapso em janeiro. Por isso, as autoridades locais temem a proliferação da P.1, a variante amazônica do vírus.
Em coletiva nesta sexta, a OMS fez um alerta: se medidas mais agressivas para conter o contágio não forem adotadas, o Brasil pode se tornar uma ameaça para o resto do mundo.