O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, emitiu uma resposta ao avanço do Talibã no Afeganistão e afirmou que vai enviar milhares de soldados ao país, mesmo depois de anunciar a saída das tropas americanas do país.
O Talibã já controla 19 das 34 capitais provinciais do país, e a situação se torna cada vez mais alarmante. Neste sábado, terroristas tomaram o controle de mais uma cidade, dessa vez próxima à capital Cabul.
Na última sexta-feira, os extremistas islâmicos assumiram o controle de Kandahar, o segundo município mais populoso do Afeganistão. A expectativa da Casa Branca é que o Talibã tome também Cabul nos próximos 90 dias. O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, cobrou um cessar-fogo imediato e alerta que o Afeganistão está "à beira de uma catástrofe humanitária".
A saída das tropas americanas do Afeganistão estava prevista para ser concluída no fim deste mês depois de 20 anos de atuação. No entanto, diante do avanço do Talibã, Biden voltou atrás e anunciou o reforço de tropas no país.
Em entrevista ao BandNews TV, o professor de relações internacionais Vinicius Vieira, da FAAP, a tomada de poder do Talibã na capital Cabul será irreversível, e as consequências para a comunidade internacional podem ser significativas.
Nos EUA, o movimento do presidente Biden de retirar as tropas do território afegão é alvo de críticas da oposição, liderada pelo ex-presidente Donald Trump, mas recebe um apoio considerável da população americana.