O número de divórcios no País disparou no ano passado, segundo dados do Colégio Notarial do Brasil, divulgados nesta semana por 8.580 cartórios de notas. 

Foram registradas 80.573 separações. É o maior número desde o início da série histórica, em 2007. Os dados não incluem os divórcios judiciais. 

De janeiro a dezembro, houve alta de 4% em relação aos divórcios em 2020, quando houve 77.509 procedimentos, o que era até então o recorde de dissoluções de casamentos pela via notarial no Brasil. A população brasileira vem aumentando a um ritmo bem menor, de 0,7% ano ano.

O Distrito Federal liderou o crescimento nos divórcios, com uma alta de 40%. Houve altas acentuadas também no Amapá, Acre e Pernambuco. 

Por outro lado, o Paraná teve queda de 1% nos casos de separações.

Os recordes não são creditados pelos especialistas apenas à pandemia, que elevou os registros de mortes e acirrou a convivência entre casais, mas também à popularização da lei. 

A análise leva em consideração que o período de isolamento também incentivou as pessoas a colocarem a casa em ordem, como fazer inventários.

Nos últimos 2 anos, foram 385 mil documentos realizados. 

A  estimativa é que metade dos inventários no País já é feita em cartórios, por ser mais rápido. 

A tendência é que a procura pelos cartórios para divórcio e inventários cresça. 

Há, no País, 13 mil unidades que, nos últimos anos, faturaram em média cerca de R$ 18 bilhões, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça.

Número de divórcios por Estado

Fonte: Colégio Notarial do Brasil