No dia em que o novo ministro da Saúde faz suas primeiras reuniões em Brasília dando declarações em tom pacificador, o Brasil vê os sintomas da pandemia se acentuarem. Nesta terça-feira (16), o país bateu mais uma vez o recorde diário de mortes por coronavírus: foram 2.841 óbitos registrados nas últimas 24 horas, segundo dados do Ministério da Saúde. 

O recorde faz o Brasil ultrapassar os 280 mil mortos na pandemia (281.625). A média móvel de mortes, que contabiliza os últimos sete dias, ficou em 1.894 vítimas. O índice tem nova máxima pelo 21º dia consecutivo. 

Nas últimas 24h, foram mais 83.926 novos casos – 11.594.204 no total. 

Em relação aos leitos de UTI, 23 dos 26 Estados e o Distrito Federal estão acima de 80% de ocupação. 

Hospitais no Brasil todo já entraram ou estão entrando em colapso. E as medidas restritivas têm sido cada vez apertadas por governadores e prefeitos pra tentar frear o avanço da doença - estratégia usada no auge da pandemia nos Estados Unidos. 

O estado de São Paulo teve um novo recorde e registrou 679 óbitos por causa da doença nas últimas 24 horas. Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e mais cidades da região decretaram lockdown. Já a cidade de São Paulo teve pedidos da rede privada para leitos do SUS para pelo menos 30 pacientes. 

O Rio Grande do Sul também registrou novo pico diário de mortes nesta terça: 502. 

Minas Gerais e Amapá divulgaram medidas ainda mais restritivas contra a pandemia.