Fernando Mitre
Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.
As declarações do presidente da Câmara Arthur Lira, no final da tarde, expressaram um tom de gravidade dramático nas conflituosas relações com o governo.
Lira chegou a sugerir descrença total na aprovação da MP da nova estrutura do governo. O planalto, na sua avaliação, já se mantinha confiante em uma vitória.
Mas independentemente desse resultado positivo para o governo, as dificuldades nas relações do planalto com congresso são enormes e atingirão em cheio as novas matérias de interesse do governo, se continuar configurada como está essa clara crise de confiança entre Legislativo e Executivo. E pode ficar mais difícil depois dessa aprovação
Na Câmara, as reclamações contra o governo só crescem e com o centrão cobrando promessas e mais espaço. Muita coisa travada. Lula não tem atuado com a presença necessária e é muito por isso.
Lira cobra o presidente diretamente. Agora a notícia é de que ele entra no corpo a corpo. Vamos ver se dessa vez vai e isso resolve né?
O fato é que essa articulação é vital para qualquer governo. E uma lição que Lula sabia fazer ou sabe fazer ainda, esperamos, com eficiência não está funcionando e crise de confiança entre no Legislativo e Executivo é tudo o que um presidente não deve deixar acontecer.